PARA PRESIDENTE DA OAB SP, BAIXO ÍNDICE DE APROVAÇÃO EM CONCURSOS JURÍDICOS REFORÇA NECESSIDADE DO EXAME DE ORDEM
15/07/2009
O último concurso para o TJ-SP abriu 183 vagas, mas apenas 76 candidatos foram aprovados. Em setembro de 2008, o Tribunal resolveu realizar novo certame, ainda não concluído, para o preenchimento de 150 vagas. Também no último concurso de ingresso ao Ministério Público Federal foram preenchidas apenas 83 vagas das 148 oferecidas.
O quadro em São Paulo não é diferente do restante do país: as instituições não estão conseguindo preencher as vagas abertas porque o número de candidatos aprovados nos concursos não é suficiente.
“Diante desse alto índice de reprovação em concursos jurídicos, questionamos projetos, como do senador Gilvam Borges, que pretendem abolir o Exame de Ordem sob a justificativa de que o bacharel já cursa durante cinco anos um curso superior oficialmente autorizado e credenciado e que o Exame não teria o condão de avaliar a capacidade técnica de quem quer que seja”, diz D´Urso.
Para o presidente da OAB SP, a má qualidade do ensino jurídico se reflete diretamente no índice de reprovação de inscritos nos exames da OAB, acima de 20%. “ O Exame de Ordem não é concurso público, com números de vagas definidas. Apenas busca aferir se o bacharel reúne condições profissionais mínimas para atuar como advogado. O ensino do Direito, hoje, precisa diminuir a distância existente entre o bacharel e o mercado, porque na forma atual os dois lados perdem”, comenta D´Urso.