PRESIDENTE DA OAB SP VISITA COMANDANTE DO SUDESTE
08/06/2011
Em conversa informal, da qual participaram o presidente da Comissão de Direito Militar, Evandro Fabiani Capani e o presidente da Comissão de Perícias Forenses, Norberto da Silva Gomes, o general Adhemar comentou que é da Turma de 1973 e apontou como marcantes em sua carreira: a passagem pela Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra) , por ter conhecido pessoas fora do ciclo militar; trabalhar no gabinete da Presidência da República, que foi enriquecedor e no Centro de Comunicação Social do Exercito, por ter mudado e ampliado o relacionamento com a imprensa.
O presidente da OAB SP também ressaltou a importância da Adesg na sua formação. Contou que tinha intensa atividade política na Faculdade e ainda estudante de Direito , a convite de Nicolau Tuma, passou a ser ouvinte nos cursos da Adesg, até que em 1984 baixaram a idade mínima e pode ser aluno regular, o caçula da turma. E, ainda hoje, ministra palestras nos cursos da Adesg.” Foi na Adesg que conheci muitos presidente s e diretores de multinacionais e o vice-presidente Michel Temer, iniciando uma amizade”, lembrou D’Urso.
O general pontuou que o ministro da Defesa, Nelson Jobim tem planos de levar a “ cabeça” da ESG para Brasília e comprimir os cursos para formato menor, trazendo um novo público para os cursos : diplomatas e funcionários de carreira do funcionalismo publico, mantendo a unidade do . Rio de Janeiro . “ Para minha formação, o curso da Adesg e depois da ESG foi muito importante, sendo que centrei meus trabalhos em segurança pública, privatização de presídios, tema inclusive de minha tese de mestrado, defendida na USP”, completou D’Urso.
O geral afirmou ser um “neófito em OAB” e perguntou como a Advocacia vê as Forças Armadas hoje. “ O brasil vive um novo tempo o que possibilitou-nos abrir as portas da Ordem para as Forças Armadas. Um dia houve conflitos ditados pela conjuntura política. Mas, hoje as FA estão inseridas na sociedade e a OAB SP é um palco de debates de importantes temáticas. Afina, em todos os eventos historicamente importantes para o Brasil, a Advocacia esteve presente. A Ordem é credora da sociedade brasileira. Tanto que a OAB , as Forças Armas e outras poucas instituições é que gozam da confiança do povo”, destacou D’Urso.
O general também falou do papel das Forças Armadas na paz . Como exemplo citou duas operações realizadas recentemente na fronteira entre o Paraná e Paraguai . Destacou que, mesmo comunicando todos os prefeitos com antecedência, foi grande a apreensão de cigarro ilegal, maconha e munição. O general também citou que o Comando do Sudeste tem 1.600 homens no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, fazendo patrulha na área . Ele sente que a população está mais tranquila, mas que ao mesmo tempo tem receio do futuro, sobre o que acontecerá quando as tropas do Exercito forem embora das áreas pacificadas.
D’Urso e o general Adhemar falaram também sobre a proposta de novo plebiscito sobre o comércio de armas. D’Urso se manifestou contra lembrando que já houve uma consulta popular há 6 anos e o custo foi de R$ 250 mil, quando o Ministério da Justiça tem para a campanha de desarmamento atual apenas R$ 10 mil. Enquanto cidadão, o general também se manifestou contrário à realização de um novo referendo popular nesse sentido.
O presidente da OAB SP ressaltou, ainda, que no contexto do Estado Democrático de Direito é o Legislativo o palco de onde emana o poder. “ Não adiante haver uma mobilização em defesa de uma bandeira, se não houver articulação, um canal de persuasão junto ao Parlamento. Por isso, a OAB SP criticou a Frente Parlamentares dos Advogados na Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Campos Machado, e na Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Arnaldo Faria de Sá, verdadeira trincheira de defesa dos interesses da Advocacia e da Cidadania”, finalizou D’Urso.