
Tendo como uma de suas atribuições, conciliar, arbitrar e mediar- artigo 77 do código de ética e disciplina- a advocacia paulista recebeu nos dias 15 e 16 de setembro a 4ª edição do Congresso de Mediação, realizado na sede da OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo). A vice-presidente da Secional paulista, Daniela Magalhães, destacou o papel da entidade em promover diálogos. “A advocacia é chamada a construir também os novos laços sociais e eles não podem se afastar de momentos de conciliação, mediação e de diálogo, o diálogo na divergência”, disse.
A presidente da Comissão Consensuais de Conflitos da OAB SP, Célia Regina Zapparoli, reforçou o projeto da Secional, o OAB Concilia. A iniciativa realizada nas subseções consiste na realização de reuniões nas Casas da Advocacia e Cidadania entre interessados e seus advogados, a fim de buscarem o entendimento dos interesses dia clientes para questões cíveis, família e da infância/juventude. “ Muito além da conciliação e da negociação direta, a mediação pensa não somente o acordo entre sujeitos, mas é também uma forma de gerar entendimento, pacificação e inclusão”, comentou Zapparoli.
O decano Kazuo Watanabe expôs a importância da prática de mediação à classe e aos seus clientes. “A mediação está na linha de frente da importante tarefa da solução de controvérsias”, comentou ele. Ao longo dos dois dias de evento, especialistas expuseram a mediação e conciliação de conflitos em diferentes frentes, como o uso de inteligência artificial nos meios consensuais, a mediação e as relações familiares e a remuneração dos profissionais da área.
No encerramento, o presidente da OAB SP, Leonardo Sica, citou um projeto da Secional paulista com o Ministério da Justiça, as Casas de Justiça. “Esse é um projeto fundante da gestão e estamos muito confiantes de levar isso adiante. Também estamos em conversa com outros atores públicos. Um projeto de soluções consensuais que é multidisciplinar e multifatorial”, reforçou.