
O segundo painel do dia, “Inteligência de Dados Ambientais e Clima”, na 2ª Conferência de Direito e Agronegócio da OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo) reuniu especialistas para discutir como a inovação tecnológica e governança climática se tornaram pontos centrais na projeção internacional do setor. A mesa contou com a participação de Luciana Lanna, membro da Comissão do Clima da Secional Paulista e fundadora do IBRAAC (Instituto Brasileiro de Adaptação Climática) e Carolina Santos advogada, mestre em Direito Internacional e pesquisadora da USP.
Carolina Santos destacou o papel estratégico do Brasil como um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, ressaltando que as tratativas internacionais devem valorizar os produtos brasileiros, garantindo riqueza ao país e contratos sólidos. Ela enfatizou a necessidade de especialização jurídica no setor e o papel da era digital como ferramenta indispensável para a advocacia transnacional: “O profissional que não está atualizado, não estará no agro”, afirmou, apontando que inteligência artificial e direito comparado são essenciais para lidar com cláusulas contratuais, ESG, emissões de carbono e negociações de commodities.
Na sequência, Luciana Lanna trouxe uma análise crítica sobre as emissões brasileiras. Ela ressaltou a ausência de metodologias claras e de governança de dados, o que compromete o monitoramento de metas internacionais e a credibilidade do país, lembrando que “inteligência de dados é essencial para a solução climática” e se torna um pilar fundamental na proteção do meio ambiente e na consolidação da imagem do Brasil como potência internacional.