
A OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo) inaugurou, no último dia 30 de maio, a sua quarta usina fotovoltaica, instalada na Subseção de Cotia. O presidente da Ordem paulista, Leonardo Sica, demonstra o empenho da Secional na implantação da iniciativa. “Isso nos coloca na vanguarda de fazer a coisa certa, que poucos entes desse tamanho estão fazendo quando o assunto é transição energética”, disse.
Tesoureiro da OAB SP, Alexandre de Sá Domingues relembrou a primeira instalação, ainda como projeto piloto, em 2023, na cidade de Três Fronteiras. “Vimos nessa iniciativa a oportunidade de dar o exemplo e trazer uma consequência no campo financeiro, pois teremos uma economia aos cofres da instituição”. Em 2025, a OAB SP deve inaugurar outras nove usinas geradoras de energia em todo o estado de São Paulo e estuda o lançamento de um inventário de carbono. “Vamos levantar quanto que a OAB SP produz de CO2 em todas as suas unidades e quanto estamos reduzindo de gasto com essa e outras medidas”, pontuou o tesoureiro, que também é coordenador do grupo de trabalho de instalação das usinas da Secional.

A estrutura instalada na OAB Cotia, presidida por Ricardo Rodrigues dos Santos, conta com uma central de microgeração de energia fotovoltaica composta por 62 painéis de 580W, que alimentam 25 kW de inversores. A geração esperada, por ano, é de 45,762 MWh, o que irá resultar em uma redução de 44,53 toneladas de CO2 por ano na atmosfera. A usina está construída em uma área total de 163,99m². A energia gerada em Cotia será redistribuída para a rede da concessionária, que devolverá os créditos gerados à instituição. “Era um sonho desde a minha primeira gestão que concretizamos agora. Essa mini usina nos torna auto suficientes no consumo de energia, é algo que favorece a advocacia de Cotia”, reforçou Santos.
A solenidade de inauguração da estrutura também contou com um painel para discutir mudanças climáticas e energias renováveis. Liderado pelo conselheiro estadual e membro do grupo de instalação de usinas, Danilo de Oliveira, o encontro trouxe um histórico do cenário jurídico e ambiental no Brasil e pontuou a atuação da advocacia paulista como referência em suas práticas. “O que hoje a gente materializa é uma pauta que vem sendo discutida há décadas no mundo”, assegurou o conselheiro.

Resultados
Tema presente na sociedade, mas ainda com pouco eco entre a advocacia, a reflexão sobre as mudanças climáticas vem de encontro com um dos pilares da entidade paulista. Signatária de iniciativas globais de desenvolvimento sustentável, como o Pacto Global das Nações Unidas e a Agenda 2030 da ONU, o projeto de usinas solares da OAB SP visa a instalação de, ao todo, 18 centrais geradoras de energia limpa.
A expectativa, quando concluído o projeto, é diminuir a emissão de 100 toneladas de CO2 na atmosfera por mês. Além disso, a economia estimada no gasto com energia será de quase R$ 2,5 milhões por ano, representando uma redução de 70% a 80% em relação ao valor gasto pela Secional, atualmente.