“Criamos na OAB SP um ambiente que é estruturante para as boas práticas e para que mais vezes as mulheres possam parar de discutir violência e passem a falar mais sobre negócios, networking e de política”, disse a vice-presidente da OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo), Daniela Magalhães, na abertura da Conferência Estadual OAB por Elas. O encontro reuniu a advocacia feminina para falar sobre o projeto desenvolvido pela Comissão das Mulheres Advogadas (CMA) da Secional, que oferece suporte e constrói uma rede de apoio às mulheres vítimas de violência em todo o estado de São Paulo.
Na ocasião, a CMA lançou o núcleo de atendimento de mulheres advogadas em situação de violência. Coordenado pela advogada Nathália de Campos, o projeto tem como objetivo criar um espaço institucional de escuta, orientação e acolhimento às advogadas. “Iremos oferecer encaminhamento qualificado e construir políticas internas sustentáveis, para garantir que nenhuma advogada em sofrimento esteja sozinha”, explicou Campos. A presidente da Comissão, Maíra Recchia, também comentou a importância de olharmos da porta para dentro. “Tentamos proteger e auxiliar no que for necessário às nossas pares”.
Magalhães pontuou o crescimento da iniciativa entre as Subseções de todo o estado sob a liderança de Recchia, e da coordenação do projeto por Raissa Blumer. “Eram 17 subseções aderentes desde que o projeto nasceu e, em nove meses de gestão, já conseguimos chegar a 43 subseções realizando o OAB por Elas. E a nossa expectativa é chegar às 257 subseções”. Para chegar a esse resultado, Recchia ressaltou “a força do trabalho coletivo”. “Hoje temos um protocolo direcionando como montar o Núcleo OAB por Elas, quais as atividades que ele realiza e os atendimentos”.
Atualmente como presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), Dione Almeida, tem levado as iniciativas desenvolvidas na OAB SP para o restante do Brasil, como é o caso do selo Promove Mulheres Advogadas. “É emblemático mostrar que esse lugar pertence a todas as mulheres. Vocês têm o direito de serem quem vocês são e de receberem a mesma consideração e respeito que qualquer outra pessoa”, destacou Almeida.
À frente da organização do evento, a coordenadora do projeto OAB por Elas, Raissa Blumer, disse ter a expectativa de atingir as 257 subseções até o final da gestão. “Só nesta semana eu recebi a mensagem de cinco colegas de subseções querendo implantar o projeto e essa é a minha missão”. Quanto ao protagonismo da Secional paulista frente às causas de gênero, a secretária geral da OAB SP, Adriana Galvão, pontuou como todas as voluntárias da Secional são agentes de mudança. “A partir do momento em que abraçam a OAB SP e transformam ela em espaços de protagonismo, vocês são agentes de mudança na vida das pessoas”.
