
A OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo), por meio da Comissão de Direitos Humanos, realiza no dia 4 de dezembro, às 18h, a cerimônia do 41º Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth, na sede institucional da entidade. Criada em 1982, a premiação leva o nome de Franz de Castro Holzwarth, advogado e mártir da pastoral carcerária, e reconhece, há mais de quatro décadas, iniciativas e personalidades dedicadas à defesa dos Direitos Humanos. A OAB sempre esteve na vanguarda em defesa dos direitos humanos, das liberdades democráticas e da cidadania, reafirmando esse compromisso por meio da honraria.
Nesta edição, o prêmio destaca trajetórias que unem a proteção dos Direitos Humanos à justiça socioambiental, à defesa dos povos originários e ao fortalecimento de lideranças comunitárias. Os homenageados representam ações essenciais na proteção das florestas, no enfrentamento à violência em territórios vulneráveis e na preservação cultural de comunidades indígenas.
A homenageada principal será a Ministra Marina Silva, reconhecida internacionalmente por sua atuação em políticas ambientais e pela defesa de povos ribeirinhos, comunidades indígenas, populações negras e grupos tradicionais da Amazônia. Historiadora e uma das mais influentes ambientalistas do mundo, Marina simboliza a resistência democrática, o combate ao desmatamento e a busca por um modelo de desenvolvimento baseado em justiça climática.
As Menções Honrosas desta edição reforçam a valorização de lideranças comunitárias e indígenas. Renata Alves, de Paraisópolis, será homenageada por sua atuação no enfrentamento à violência policial e na criação de iniciativas de fortalecimento social, como a Associação de Mulheres de Paraisópolis e o projeto Legado. Já o Cacique Gilberto Awa Kuaray será reconhecido por sua liderança na Aldeia Multiétnica Filhos desta Terra, em Guarulhos, espaço de resistência cultural, cuidado ambiental e convivência interétnica.
O prêmio mantém vivo o legado de Franz de Castro Holzwarth, cuja vida foi marcada pela defesa dos encarcerados e pela luta contra a violência institucional. Seu sacrifício em 1981, ao se oferecer como refém durante uma rebelião no cárcere de Jacareí, simboliza sua entrega absoluta à dignidade humana. A OAB SP, por meio da Comissão de Direitos Humanos, segue atuando no enfrentamento de violações, na promoção de debates públicos e na defesa dos direitos fundamentais, reafirmando a centralidade da advocacia na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.




