
A sede institucional da OAB SP foi palco, nesta quarta-feira (19), da cerimônia de entrega da 14ª edição do Prêmio Benedicto Galvão. O evento, que integra as comemorações pelo Dia da Consciência Negra, reuniu advogados, autoridades e lideranças do movimento negro para celebrar personalidades e iniciativas que atuam na promoção da igualdade racial e no combate ao racismo.
A secretária-geral adjunta da OAB SP, Viviane Scrivani, abriu a cerimônia enaltecendo a tradição e a relevância do prêmio. “É um privilégio estar presente com amigos nessa celebração que é tão significativa e importante”, declarou. Em seu discurso, ela completou: “Hoje estamos homenageando pessoas incríveis que atuam arduamente para combater qualquer forma de racismo e para promover uma sociedade mais justa e solidária”.
Estiveram presentes o tesoureiro da OAB SP, Alexandre de Sá Domingues; o juiz do Trabalho titular da 2ª Vara do Trabalho de Santana de Parnaíba, Laércio Lopes; a conselheira secional e presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB São Paulo, Rosana Rufino; a conselheira secional e presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB São Paulo, Camila Torres; a conselheira secional e diretora do Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP), Sandra Monção; a presidente da Comissão da Verdade Sobre a Escravidão Negra no Brasil da OAB São Paulo, Cristiane Natachi; o conselheiro da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), Cristiano Scorvo; o presidente da Comissão de Direito Antidiscriminatório do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), Carlos Santana; e a conselheira secional e primeira mulher a presidir a Comissão da Igualdade Racial da OAB São Paulo, Carmen Dora de Freitas Ferreira.
Foram premiados nas seis categorias:
Personalidade Pública
Aline Odara, cientista social, fundadora do Fundo Agbara e reconhecida pelo prêmio internacional MIPAD 2025 como uma das pessoas de ascendência africana mais influentes no mundo.
Advocacia
Diva Zitto, advogada com 30 anos de experiência na área jurídica e CEO no Zitto Advocacia e Associadas. Membra do Aristocrata Clube e fundadora do Movimento Mulher Negra Brasileira, Diva é presidente da CAASP.
Social
Alessandra Laurindo, cientista social, mestranda em Ciência Humanas e Sociais Aplicadas na UNICAMP, especialista em Políticas Públicas e Raciais, Consultora em Diversidade e Inclusão e ex-coordenadora Municipal de Políticas Étnico-Raciais de Araraquara. Organizadora e pesquisadora da obra “A História Comprovada: fatos reais e as dores da escravização Araraquarense”.
Educação e Pesquisa
Observatório Opará, das Políticas Afirmativas Raciais. É o núcleo de pesquisa e extensão institucionalizado na Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Responsável pelos relatórios “A implementação da lei nº 12.990/2014: um cenário devastador de fraudes” e “Manual de implementação das cotas raciais e reparação de vagas da lei nº 12.990/2014”.
Comunicação
Notícia Preta (Thais Bernardes). Jornalismo Antirracista que colabora com a inclusão e a equidade racial através de soluções de comunicação e jornalismo.
Iniciativa Institucional
Procon Racial. Iniciativa criada pelo Procon-SP e a Universidade Zumbi dos Palmares para combater o racismo nas relações de consumo. A premiação é uma iniciativa da Comissão de Igualdade Racial da OAB SP e integra as comemorações do Dia da Consciência Negra.
Menção Honrosa
Laércio Lopes da Silva, mestre e doutorando em Direito Constitucional pela PUC/SP, reconhecido por sua atuação acadêmica no estudo das estruturas de poder, da proteção constitucional e da promoção da igualdade. Professor de Direito Constitucional, dedica-se à formação de juristas comprometidos com valores democráticos.
Na magistratura, é Juiz do Trabalho titular da 2ª Vara de Santana de Parnaíba, distinguindo-se por decisões sensíveis e firmes diante das desigualdades presentes nas relações de trabalho.
Sobre o Prêmio
O Prêmio Benedicto Galvão foi criado em 2012, sob a chancela do Conselho Secional, com a finalidade de homenagear o primeiro presidente negro da OAB SP, Benedicto Galvão, que ocupou o cargo entre 1940 e 1941.
Nascido no interior do estado, Galvão migrou para a Capital, onde se formou na escola complementar anexa à Escola Normal da Praça da República. Trabalhou como auxiliar de escritório e professor nos bairros paulistanos da Bela Vista e Liberdade. Em 1907, diplomou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, passando a advogado no escritório de Alfredo e Ernesto Pujol.







