Sempre de olho no mercado e nas movimentações do setor agropecuário, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo, por meio de sua Comissão de Direito Bancário, realizou, na semana passada, o evento “Direito Bancário: Agronegócio e Crise Empresarial”.
O encontro, no auditório da Secional, reuniu nomes de diferentes áreas de atuação para debater os mais recentes impasses envolvendo o agronegócio e, principalmente, encontrar possíveis soluções.
A queda verificada no preço das commodities e o aumento expressivo do número de recuperações judiciais foram dois dos principais temas levantados pelos palestrantes.
Entre os especialistas convidados pela Ordem paulista, estavam Guilherme Nastari, doutor em agroenergia; Rafael Molinari Rodrigues, mestre em Direito Comercial; Alexandre Gereto, mestre em Direito Civil; Vivian Bernardino, mestre em Direito; Flávia Regina Costa, advogada com MBA em agronegócio; e Ryan Cunha, advogado.
O presidente da comissão organizadora do evento e responsável pelos atos de abertura e mediação do debate , Marcelo Tesheiner Cavassani celebra o sucesso da iniciativa e os resultados colhidos em forma de conhecimento.
Para ele, o Brasil precisa de estratégias de curto, médio e longo prazo para apoiar os seus produtores, considerando a instabilidade política e econômica.
“A incerteza eleitoral e oscilações de subsídios adicionam complexidade, mas ainda é cedo para falarmos de crise generalizada. Em um cenário otimista, destacamos que o agronegócio brasileiro tem mostrado uma capacidade notável de gerar superávit comercial, com exportações que cresceram 3,9% em 2023 em comparação ao ano anterior, alcançando um superávit acumulado de US$ 148,58 bilhões”, reforça Marcelo Cavassani.
Recorde de público
Ainda de acordo com o presidente da Comissão de Direito Bancário, o encontro intitulado “Direito Bancário: Agronegócio e Crise Empresarial”, promovido pela OAB SP, foi recorde de público dentre as reuniões promovidas pela pasta e recebeu 140 inscrições totalmente gratuitas.
Os números, portanto, revelam as boas perspectivas para o setor. “Podemos ressaltar que as discussões fomentadas neste evento foram extremamente ricas e contaram com o contraponto de visões de credores e devedores, bem como abordagem jurídica e econômica”, finaliza Marcelo Cavassani.