Fenalaw 2025

22 de outubro de 2025 - quarta

CEOs de diferentes modelos de escritórios de advocacia falam sobre desafios da área na Fenalaw 2025

Patricia Vanzolini mediou o painel que inaugurou o novo espaço de Legal Business do evento

Sob a ótica de CEOs de três formatos distintos de escritórios de advocacia, o painel “Tomando Decisões no Topo: como CEOs enxergam o mercado jurídico”, contou com a mediação da conselheira federal pela OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo), Patricia Vanzolini, com a proposta de entender os movimentos de mercado e levar aos presentes perspectivas diferentes de atuação profissional. “Quando pensamos em sucesso, normalmente pensamos em um modelo único, mas existem diferentes possibilidades”.

À frente de um escritório boutique, o CEO do Mariz de Oliveira e Siqueira Campos Advogados, Bruno Fajersztajn, iniciou sua fala destacando a pouca informação de gestão e empreendedorismo que é dada pelas faculdades de Direito. “Dentro do nosso modelo de negócio, precisamos nos destacar por um tipo específico de trabalho, que é o Direito Tributário”. Dentro deste formato, Fajersztajn comentou que os desafios estão em depender de demandas desse único ramo e serem “muito bons naquilo que fazem”. 

Representando um escritório de porte médio, o sócio do CMT ADV, Luciano Benetti Timm, reforçou a necessidade de inovar o que é o Direito e a necessidade do mercado estar atento às atualizações para que “o excesso de proteção à classe não seja ruim” à atuação profissional em Direito. Dentro das definições de mercado relevante, Timm coloca o CMT ADV em uma categoria que entende ser “abrangente”, tendo um formato que seleciona algumas áreas de atuação, mas não chega a ser tão aberto quanto o full service.

Com 750 advogados associados em seu escritório, o CEO e sócio do Siqueira Castro Advogados, Carlos Fernando Siqueira Castro, comentou como o modelo full service busca sempre prezar pela padronização em suas áreas multidisciplinares. “O grande desafio do escritório é a homogeneidade nas áreas, com uma linha de corte mínima de oito, para termos a confiança do cliente”. 

Uma questão destacada por todos os convidados do painel foi a dificuldade dos escritórios em terem acesso a formas de financiamento, ponto que, de acordo com os presentes, dificulta a gestão do escritório. “Não temos acesso ao mercado de capitais, não temos linha de crédito, não temos quem nos apoia. Contamos apenas com o nosso empreendedorismo e a confiança dos nossos clientes”, disse Castro. Representando o Conselho Federal, Vanzolini disse que levará as dificuldades apresentadas à OAB Nacional, na intenção de pensar estratégias e possíveis mudanças para o mercado.


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